O ciclone extratropical que atingiu a Região Sul do país segue em atuação, com projeções de tempestades e ventanias, especialmente no Rio Grande do Sul. O fenômeno, que se desloca pela costa, não deve chegar ao Sudeste, onde, depois de semanas de frio intenso, o calor dá as caras como nos melhores dias de verão.
A mudança nas temperaturas se dá em função de uma massa de ar seco nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, que promete se intensificar e estender sua presença pelos próximos cinco dias, o que é chamado de veranico, ou seja, um período quente dentro de uma estação fria, que permite aquele calor.
Estados como Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e até Santa Catarina estão dentro do chamado “limiar de veranico” e podem registrar ondas de calor intenso ao longo do período, com temperaturas máximas entre 3°C e 5°C acima da climatologia para o mês, e em alguns casos pelo menos 5°C acima da média histórica para agosto.
Já no Nordeste, a circulação de ventos que trazem umidade do oceano deve provocar chuva moderada e, por vezes, forte no litoral de Alagoas e Pernambuco. No sul da Paraíba, a precipitação será isolada e de fraca intensidade. Já no interior e no meio-norte da região, o tempo permanece firme, ensolarado e quente. Áreas do oeste da Bahia, sul do Piauí e do Maranhão seguem em alerta para baixa umidade do ar no período da tarde.
Enquanto no Norte, as instabilidades se concentram no norte do Amazonas, em Roraima e no Amapá, onde há risco de chuva forte ao longo do dia. A metade sul do Amazonas também pode registrar pancadas isoladas. Nos demais estados — Pará, Tocantins, Acre e Rondônia — a previsão é de tempo aberto, com predomínio de sol e temperaturas elevadas, sem expectativa de chuva significativa.
O que é um “veranico”?
Com dias secos, estiagem e temperaturas acima da média, o fenômeno climático chamado de veranico é um período quente dentro da estação fria.
A falta de chuva por vários dias consecutivos, somada ao aumento de temperatura, vão deixar o tempo ainda mais seco do que já está. Por isso, o Climatempo alerta para o risco para doenças respiratórias.
Apesar do novo quadro, vale lembrar que o inverno só termina em 22 de setembro, o que significa que a interrupção da friagem não será definitiva, e novas quedas de temperatura ainda podem ocorrer. Até mesmo novas ondas de frio podem surgir antes que a estação termine.
