Anselmo Brombal – Jornalista
Nunca, em toda a história do mundo, ditadores se deram bem. Tiveram seus momentos de “glória”, mas depois de algum tempo, foram jogados na lata de lixo da História. Alguns sobreviveram e conseguiram morrer de velhice; outros foram mortos como animais, vítimas da ira popular.
No distante Império Romano temos exemplos. Calígula, que fez o que bem entendeu, foi assassinado – ele, mulher e filha. Enquanto imperador/ditador, humilhou senadores, executou opositores, escravizou seus compatriotas. Chegou a nomear senador seu cavalo, Incitatus.
Nem precisamos nos lembrar de Hitler, que oficialmente se matou quando os russos chegaram à capital alemã. E nem precisamos lembrar das atrocidades dele, a ponto de trucidar seis milhões de judeus. Seu comparsa Mussolini, na Itália, também fez das suas. Acabou morto pelos italianos, e seu corpo acabou pendurado de cabeça pra baixo num postode gasolina de Milão. Junto com ele, e da mesma forma, sua amante Clara Petacci.
Na Rússia, a revolução de 1917 acabou com o reinado do czar Nicolau II. Como czar (imperador) fazia o que bem entendia. Perseguiu judeus e opositores. Depois de abdicar em favor de seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich (que governo o país somente um dia), recolheu-se (ou foi recolhido) e acabou fuzilado juntamente com toda a família, acabando com a dinastia Romanov.
Sadam Hussein, ditador do Iraque, foi caçado pelos americanos. Foi encontrado escondido num buraco, preso, julgado e condenado à morte por enforcamento. Muamar Kadhafi, ditador da Líbia, e conhecido patrocinador do terrorismo internacional, precisou fugir depois de uma revolta popular. Foi encontrado e morto por populares.
Nicolae Ceausescu, ditador da Romênia de 1967 a 1989, censurou a imprensa, prendeu, torturou e matou opositores e precisou fugir depois de uma revolta popular. Capturado, juntamente com sua mulher Elena, passou por sumário julgamento. O casal foi fuzilado, com direito à transmissão ao vivo pela TV romena.
Alguns ditadores conseguiram morrer de velhice. Idi Amin, que fez da Uganda sua propriedade, matando, torturando e arrumando guerras com vizinhos, precisou fugir e morreu de velho na Arábia Saudita. O xá Reza Palhevi, do Irã (antiga Pérsia), precisou deixar o poder e foi morar nos Estados Unidos. Morreu por causa de câncer.
Fulgêncio Batista, em Cuba, foi derrubado pela turma de Fidel Castro em 1959, mas conseguiu fugir. Francisco Franco, que governou a Espanha de 1939 a 1975 como ditador, também morreu de velho. Augusto Pinochet, ditador chileno, também morreu de velho, sem ser julgado pelas barbáries que cometeu enquanto governou.
Hoje, a bola da vez é o Nepal. Por lá, o povo colocou fogo em tudo, inclusive nas casas de ministros. Outro que está por um fio é o venezuelano Nicolás Maduro, que além de governar o país é conhecido traficante, produtor de cocaína e ladrão.
Não sei se ajuda, mas exemplos históricos sempre precisam ser levados a sério.