Anselmo Brombal – Jornalista
Nunca se falou tanto em soberania e estado democrático de direito. Termos que servem para qualquer situação. Foi só um pândego pinguço falar que sua claque não cansa de repetir – a imprensa velhaca, seus fiéis seguidores, comentaristas de araque (bem pagos) e até parte do povo repete isso. Sem saber do que se trata.
Foi só o presidente americano enfiar no rabo do Alexandre de Moraes a Lei Magnitsky que nossos iluminados passaram a afirmar que isso fere a soberania do país. Disseram até que a lei americana não vale aqui no Brasil. Não vale aqui, mas vale lá.
E essa lei é foda. Bancos brasileiros que têm negócios com americanos não podem ter correntistas como Xandão. Se tiverem, a punição é lá. O mesmo vale pro Google, pro WhatsApp, pra Microsoft, pra Apple. Aqui é uma história, mas a punição é lá. E essas empresas americanas não querem perder dinheiro. Em tempo: quase todos os bancos brasileiros estão nessa situação.
Soberania? Não somos soberanos em nada. Dependemos do resto do mundo para termos a maioria dos produtos que circulam por aqui. Exportamos minério de ferro a preço de banana e depois compramos aço das empresas para as quais exportamos. Até para nossas vítimas da sociedade consumirem drogas dependemos do Paraguai, da Bolívia, da Colombia e da Venezuela. Não produzimos cocaína, e a plantação de maconha por aqui é pequena para um mercado consumidor como o nosso.
Falaram também que qualquer pessoa tem direito de entrar nos Estados Unidos. Mentira. Lá entra quem eles permitem. Precisa de visto. Quando um país permite a entrada de um estrangeiro está praticamente fazendo um favor.
Mas o nosso pândego pau d´agua não quer saber de converar com Trump. Tem uma lógica maquiavélica por detrás disso. Primeiro, o analfabeto corre o risco de ser humilhado publicamente pelo laranjão, como o presidente da Ucrânia, Zelensky. Segundo, é conveniente manter Trump distante, como inimigo. Uma tentativa insana de unir o povo contra um inimigo comum. Não está colando.
O bebum só fala merda. A mulher dele acompanha a toada. E cada vez que um dos dois abre a boca (ou latrina) a situação só piora. E sempre que entram em enrascada alegam que os americanos não respeitam nossa soberania. Conversa mole.
Soberania, pinguço, é a puta que o pariu.