A exposição Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita completou no domingo (11), um mês de exibição no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão. Nesse período, a exposição já recebeu 30 mil visitantes – dos quais quase dois mil são estudantes e educadores em visitas agendadas.
“A gente lê tanto sobre o Holocausto e não imagina como ele foi, mas a exposição foi capaz de mostrar até o inimaginável. Eu fiquei arrepiada, com vontade de chorar. E tem gente que nega ou se esquece que isso tudo aconteceu”, comentou Silvânia, que mora em Várzea Paulista.
“Um dos pontos da exposição que mais chamaram minha atenção foi o assassinato de crianças, eliminadas com overdose de medicação ou inanição. E eu trabalho com crianças atípicas, então fiquei pensando nelas, em como pode um regime querer eliminar pessoas, criar um programa de eutanásia infantil”, refletiu Júlia, moradora de Cabreúva.
“A instalação que mais chamou minha atenção foi a dos desenhos de crianças nos campos. E eu trabalho com crianças no meu dia a dia, por isso foi um choque de realidade”, ressaltou Roberta, que mora em Campo Limpo Paulista.
Já a moradora do Centro, Fernanda Bueno aproveitou a volta para casa com os filhos Murilo e Conrado, de oito e um anos, para conferir a exposição. “A gente gosta muito de visitar museus e passando aqui na frente o Murilo pediu para entrarmos. Eu acho que criança tem que saber da realidade desde cedo. Por isso sou bastante realista e, apesar de ser um tema triste, falei o que foi o regime, o preconceito e até o que faziam com as crianças”.
“Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita” possui instalações montadas pela UGC, além das exposições: “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia”, respectivamente, propostas pelos parceiros Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo, importantes parceiros nesta realização.
Aberta para visitação gratuita até o dia 06 de agosto, a exposição tem como faixa etária indicada maiores de 12 anos. Crianças menores dessa idade poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis. O Museu fica na rua Barão de Jundiaí 762 – Centro, e fica aberto diariamente, com entrada gratuita, das 10 às 17 horas. Informações: (11) 4521-6259.
Exposição sobre o Holocausto já recebeu 30 mil visitantes
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