O povo brasileiro é conhecido mundialmente pelo cuidado especial com a higiene. Agora, dá para imaginar quem mais se preocupa com o cheiro do corpo? O homem ou a mulher? Pesquisa do Datafolha coordenada pela Unilever revela que as brasileiras, em geral, apresentam maior cuidado com o odor em relação aos homens brasileiros.
O estudo “Hábitos de Higiene Diária” mostra que muitos homens do país estão atentos e zelosos com o cheiro corporal. Os dados destacam também que as mulheres têm preocupação ainda mais acentuada em estar livre de mau odor.
Quando o assunto é a relação com o próprio odor, 6 entre 10 mulheres (60%) entrevistadas pela pesquisa afirmam se preocupar muito com o cheiro do seu corpo, enquanto 55% dos homens dizem se preocupar muito com o odor do próprio corpo.
Elas também se incomodam mais quando o mau cheiro vem de outra pessoa. 70% das entrevistadas afirmam se incomodar muito com o mau odor alheio, contra 59% dos entrevistados do gênero masculino.
A pesquisa do Datafolha sobre a relação do brasileiro com o odor do corpo foi desenvolvida em maio.
“É importante encarar o cuidado com o corpo não como uma obrigação, mas como um ritual de bem-estar e autoestima”, destaca Marcel Alex Soares dos Santos, dermatologista e professor do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas. Na avaliação do dermatologista, existe um forte componente emocional no fato das mulheres terem atenção maior aos odores naturais do corpo.
“Muitas mulheres ligam o mau odor a desleixo e perda de feminilidade. Isso vem acompanhado do medo de julgamento, vergonha durante relação sexual ou receio de que pessoas próximas percebam o odor. Cada mulher tem seu próprio cheiro, influenciado pela flora bacteriana, hormônios e até alimentação. Nosso papel é orientá-las para que saibam diferenciar o odor natural do odor patológico, evitando que isso cause vergonha ou culpa”, destaca Marcel.
Para que a relação com o cheiro do corpo seja mais natural e harmoniosa, é fundamental conversas francas para desmistificar o odor natural do corpo.
“Incentivamos para que as pessoas falem sobre os odores do corpo, seja com o médico, com pessoas próximas ou com quem sintam-se confortáveis, afinal o silêncio e a vergonha aumentam a insegurança com o corpo”, completa o dermatologista.



