segunda-feira, 15 dezembro, 2025
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Faculdade de Medicina busca voluntários com desconforto visual na leitura

A Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) está convidando a população para participar de uma pesquisa inédita que busca responder a uma pergunta que afeta crianças, jovens e adultos: por que tantas pessoas sentem incômodo, cansaço ou dor ao ler — ou têm dificuldade até mesmo antes de começar a ler?

O estudo integra o projeto “Análise do Olhar Humano: Estudos Experimentais de Rastreamento Ocular para Reconhecimento de Padrões Visuais em Tarefas Cognitivas”, liderado pelo pesquisador e engenheiro Rafael Nobre Orsi. Segundo ele, “entender como o olho se comporta diante de estímulos visuais é essencial para diagnósticos mais precisos e intervenções que realmente melhorem o aprendizado e a qualidade de vida.”

O projeto conta com apoio institucional da Diretoria de Inovação e Tecnologia da FMJ Para o diretor, António César Galhardi, “pesquisas como esta mostram como a tecnologia pode derrubar barreiras invisíveis que prejudicam o desenvolvimento humano”

O foco está no estresse visual, especialmente em condições como a Síndrome de Irlen — que ganhou destaque em Jundiaí após a criação da Campanha Municipal de Conscientização em 2019.

Mas há um ponto crucial: A Síndrome de Irlen vem sendo frequentemente confundida com outras condições, também sem diagnóstico preciso, que afetam o desempenho escolar, a leitura e até o processo de aprendizagem desde a infância. Ou seja, muitas pessoas enfrentam dificuldades, mas ainda não sabem por quê.

O que é a Síndrome de Irlen?

É uma alteração na percepção visual relacionada à adaptação à luz. Entre os sintomas estão:

·       sensibilidade ao brilho do papel branco;

·       dor ou desconforto ao ler;

·       dores de cabeça;

·       náuseas;

·       dificuldade de concentração;

·       dificuldade para acompanhar linhas ou letras.

Informação importante: exames oftalmológicos tradicionais não detectam essa condição, e o diagnóstico depende quase sempre apenas do relato do paciente. Isso abre espaço para enganos, atrasos no tratamento e confusão com outras dificuldades visuais ou cognitivas.

Tecnologia

A FMJ está utilizando rastreamento ocular (eye tracking) — uma tecnologia moderna, não invasiva e segura, capaz de mapear com precisão o movimento dos olhos diante de palavras, imagens ou estímulos visuais simples.

Essa abordagem permite avaliar não apenas pessoas que leem, mas também pessoas que ainda não aprenderam a ler, incluindo crianças e adultos em alfabetização. Isso é fundamental para esclarecer causas de dificuldade na leitura e na aprendizagem desde as fases iniciais.

O objetivo é desenvolver um método inovador, objetivo e baseado em evidências para apoiar diagnósticos confiáveis e orientar intervenções eficazes.

A pesquisa contará com 360 participantes, distribuídos entre grupo controle e grupo alvo, em parceria com a FEI e o Centro Paula Souza.

 Quem pode participar?

Qualquer pessoa, incluindo:

·       quem sente desconforto visual ao ler;

·       quem nunca teve sintomas (grupo controle);

·       crianças ou adultos que ainda não sabem ler, mas apresentam sinais de desconforto visual, dificuldade de foco ou desafios no processo de aprendizagem.

 Agendamento: Das 8 às 17 horas de segunda a sexta por telefone  11 3395 2157 ou email: nit@fmj.br

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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