Anselmo Brombal – Jornalista
Nos anos 1400, toda a Europa vivia um clima de terror por causa da Inquisição da Igreja Católica. Na Espanha, um frade dominicano tornou-se notório por seu sadismo, seu prazer em torturar judeus e muçulmanos convertidos e depois condená-los à morte. Era Tomás de Torquemada. Calcula-se que tenha mandado à fogueira 2.200 “hereges”.
E o que temos a ver com isso, depois de passados mais de 600 anos? Quase tudo. Nós também temos um Torquemada. Ou sua reencarnação. Não é um frade, mas usa uma toga preta. Não coloca ninguém na fogueira, mas tortura sem piedade. Quase uma condenação à morte. Essa reencarnação do mal se chama Alexandre de Moraes, e está encastelado no STF.
O que ele está fazendo com Bolsonaro é cruel. Primeiro criou um inquérito/processo totalmente infundado, ilegal, uma aberração jurídica. Não só o ex-presidente está em sua câmara de tortura. Condenou uma cabeleireira (que não tem fôro privilegiado) à longa sentença de prisão. Por haver pichado uma estátua com batom, limpa depois em minutos.
Condenou até o sorveteiro que aproveitava para vender seus picolés durante a manifestação de 8 de janeiro de 2023. Mas seu alvo mesmo era Bolsonaro. Colocou dezenas de policiais federais dentro de sua casa, temendo sua fuga. Condenou-o a mais de vinte anos de prisão. Para os médicos socorrê-lo foi um lenga-lenga sem tamanho. Isso é tortura.
Qualquer pessoa presa é socorrida imediatamente. É levada a hospitais com escolta. Mas não precisa de autorização para isso. Mas nosso Torquemada exige que tudo passe pela sua mão, como que a reafirmar sua suposta autoridade.
Na Espanha daqueles anos, os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, carolas até o último fio de cabelo, precisavam de dinheiro. E coube a Torquemada tomar qualquer riqueza de judeus e muçulmanos. Hoje, nossos reis Ignorácio Iº e Esbanja arrumam dinheiro de outro jeito, já conhecido de todos. Mas a reencarnação de Torquemada continua perseguindo os “hereges”, aqueles que não reverenciam o casal real.
Torquemada foi o Grande Inquisidor da Espanha durante 15 anos. Morreu em Ávila em 1498. Seu túmulo foi saqueado e seus ossos queimados, como uma vingança. Um fim comum a todos que abusam da paciência alheia, dos que se acham acima de tudo.
É o destino, certo e imutável. Por sinal, como são parecidos!



