Anselmo Brombal – Jornalista
O caso foi denunciado pela TV Band. O Ministério Público paulista entrou na história. E agora quer saber o que anda acontecendo com as seguradoras. A denúncia: as seguradoras estão praticamente obrigando as oficinas credenciadas a usarem peças de reposição do mercado paralelo. As seguradoras estão mandando até peças usadas para as oficinas.
Peças usadas ou do mercado paralelo podem ser usadas, mas não em ítens de segurança, como freio, direção, suspensão. Não é crime alguém comprar um paralama ou uma porta no desmanche e depois de tratada e pintada colocar no seu carro. Mas seguradoras não podem fazer isso.
Elas cobram o olho da cara pelo seguro. E nessa o motorista acha que está tranquilo. Não está. Além de procurar pelo em ovo para não pagar o seguro quando de acidente, elas chegaram à economia extrema. Ou ao lucro extremo.
Um dono de oficina, mostrado pelo jornalismo da TV Band, exibiu um radiador usado que a seguradora havia comprado para colocar no carro de um cliente. Além de usado, veio furado. O dono da oficina recusou fazer o serviço porco. A seguradora não se abalou. Mandou outro. Também usado e cheio de soldas. Remendos. Acredita-se que essa prática aconteça há anos, sem ninguém se dar conta. Ou denunciar.
Seguradoras são espertinhas. Cobram muito para garantir alguma coisa. E quando o cliente precisa… até pagam, mas depois querem reembolso. Sem contar que as franquias estão cada vez mais caras. As seguradoras fazem o chamado perfil do cliente. Como se todos fossem iguais. Idade é um fator para cálculo do seguro. Se o carro fica em garagem com alarme é outro fator. E tendo todos os fatores favoráveis a si, o segurado vai pagar caro.
Não foram dados nomes às seguradoras desonestas. E logicamente nem todas são desonestas. Mas na dúvida, melhor suspeitar de todas. E agora, não se sabe o que é pior – plano de saúde ou seguradora. Ou dá na mesma?
