segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Assistência Social de Campo Limpo Paulista realiza abordagens

A Prefeitura de Campo Limpo Paulista, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, continua com os atendimentos da Operação Noites Frias, que visa o acolhimento a moradores em situação de rua nas noites em que a temperatura na cidade ficar abaixo dos 13ºC. O trabalho é realizado em parceria com duas entidades conveniadas com a Prefeitura, que são a Casa do Senhor Jesus, em Campo Limpo, e o SOS Cristão, em Várzea Paulista.
Rodrigo da Cruz Paiva, de 37 anos, foi abordado pela equipe da Prefeitura e optou por aceitar ajuda e mudar de vida. Após passar por problemas com uso de drogas, ele foi encaminhado para a comunidade terapêutica Casa do Senhor Jesus e está em fase de tratamento desde o dia 4 de julho.
“Estou há um mês em Campo Limpo e sei que quero mudar de vida de uma vez por todas. Após os seis meses de tratamento vou procurar um emprego e tenho o sonho de ter minha casa e meu carro próprio. Sinto que perdi muito tempo nos últimos 10 anos, por estar nas ruas e pela dependência química, mas hoje estou decidido a fazer com que os próximos 10 sejam muito melhores”, relata.
Rodrigo era professor de inglês e perdeu o contato com a mãe há alguns meses. Ela foi localizada nesta semana e atendeu ao contato do filho. “Assim que estiver liberado para receber visitas vou vê-la pessoalmente novamente. Por já ter sido professor de inglês eu também tenho o sonho de ter minha própria escola de idiomas, assim como era a escola onde eu trabalhei”, completa.
No período entre 16 de junho e 16 de julho deste ano, foram 268 acolhimentos realizados, com um total de 72 usuários diferentes atendidos. Destes, cinco aderiram ao serviço de acompanhamento e permanecem abrigados na Casa do Senhor Jesus para tratamento. A idade dos atendidos varia entre 30 e 60 anos.
“Nosso maior desafio é despertar novamente o desejo de dias melhores nestas pessoas, uma vez que a maioria delas já perdeu familiares, casa, emprego e afins. Há ainda outros motivos que levam à situação de rua, como perda de um ente querido, separação e até questões de saúde mental, assim como uso de álcool e drogas”, comenta a assistente social Eliana Marta Barbosa, chefe da Divisão de Articulação de Rede.
“É importante ressaltar que trabalhamos a todo momento com base na construção de vínculos e não executamos ações compulsórias ou vexatórias. Nosso trabalho é pautado no respeito à subjetividade de cada pessoa, e fundamentado na garantia de direitos e no respeito”, completa Eliana.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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