quinta-feira, 19 setembro, 2024
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Quando o caso interessa…

Anselmo Brombal – Jornalista

Após ser escolhido ministro da Justiça, Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, prometeu que resolveria o caso Marielle Franco. Marielle era vereadora pelo Psol no Rio de Janeiro e foi assassinada em março de 2018. Passados pouco mais de cinco anos, o caso está mesmo sendo resolvido. O ministro federalizou o crime e colocou até o bispo para investigar os possíveis assassinos e seus mandantes.
Um ponto é bom. Todos os crimes precisam ser resolvidos. E parece que agora estão conseguindo. Mas resolver o caso da Marielle era uma obsessão da esquerda. E desde o início, a mesma esquerda tratou de envolver pessoas da direita na história. Chegou-se a falar até que o mandante era Bolsonaro, na época candidato a presidente. Como se a vereadora fosse uma ameaça a Bolsonaro.
Outro ponto é péssimo. Terrível. Assustador. Prova mais uma vez que nossas “otoridades” só vão atrás daquilo que lhes interessa. Não fosse isso, outros assassinatos e tentativas já teriam sido resolvidos. E eram bem mais fáceis.
Vamos começar com Celso Daniel, assassinado em 2002, quando era prefeito de Santo André. Celso era do PT, e teria se revoltado com o criminoso esquema de corrução no transporte coletivo de sua cidade. Até hoje não se sabe de fato quem matou e quem mandou matar. Testemunhas desapareceram, algumas assassinadas também. Mas não interessa à esquerda saber dessas coisas. Pura queima de arquivo.
Outro fato: a morte do então prefeito de Campinas, Toninho do PT, em setembro de 2001. Toninho foi emboscado e morto. Oficialmente, foi um assalto, um latrocínio. O caso permanece meio nebuloso, e nunca se chegou aos autores do crime. Toninho combatia a corrupção na Prefeitura de Campinas, principalmente no setor de Obras. O mesmo setor que prepara concorrências públicas e contrata as empreiteiras. Sua morte foi abafada, pois no dia seguinte aconteceram os ataques terroristas nos Estados Unidos. Bin Laden ocupou a imprensa toda, e Toninho foi esquecido por algum tempo.
Mais um: quem mandou Adélio Bispo dar a facada no Bolsonaro em setembro de 2018? Adélio foi preso em flagrante. Imediatamente apareceu um batalhão de advogados caros para defendê-lo. A Polícia Federal fez o inquérito. A conclusão é que Adélio agiu sozinho, por conta própria. Um crime sem mandante, se bem que ele tinha lá suas ligações com partidos de esquerda.
Em junho de 2019 a prisão preventiva de Adélio foi convertida em internação por tempo indeterminado. E Adélio está passando suas férias na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A faca usada no crime está em exposição num museu da Polícia Federal em Brasilia.
E se retrocedermos no tempo, aparecem outros casos nebulosos. O “suicídio” de Getúlio Vargas em agosto de 1954 é um exemplo. O “acidente” aéreo que matou o ex-presidente Castello Branco é outro. O “acidente” com o avião do então candidato à presidência Eduardo Campos em 2014 – outro exemplo.
E só de lembrar que as lideranças do PT afirmavam, nesse ano, que fariam o diabo para ganhar a eleição… E aí, ministro, vamos resolver outros casos?

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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