Anselmo Brombal – Jornalista
Na semana passada, um PM da Rota foi assassinado no Guarujá durante seu trabalho. O tiro partiu de um traficante, mais que conhecido. A resposta foi rápida, e os resultados, os esperados. A Polícia Militar e a Polícia Civil identificaram a quadrilha e foram atrás dos criminosos. Alguns trocaram tiros com a Polícia e morreram. Outros, mais precavidos (inclusive o autor do disparo) preferiram se entregar.
Agora muitas vozes se levantam contra as ações da Polícia. Os mais exagerados falam em massacre – foram dez bandidos mortos. Querem providências. Ressaltam a letalidade da Polícia, mas esquecem a letalidade dos bandidos. Tanto o secretário de Segurança Pública quanto o governador do Estado apoiaram – e continuam apoiando – a Polícia.
Dá até para apostar que vai nascer uma CPI por causa disso. Já disse anteriormente que há muita gente que gosta de bandido. E provo. Alguém dos Direitos Humanos procurou a família do PM assassinado para oferecer algum tipo de apoio? Não. Absolutamente ninguém. Mas há uma infinidade de pseudos defensores dos Direitos Humanos apoiando a bandidagem do Guarujá.
Não é discurso de ódio, mas o que a Polícia fez foi correto. Não dá para tratar bandido armado com fuzil de última geração com flores. A situação atual de insegurança exige esse tipo de ação. Ação mais enérgica, do tipo “vamos mostrar quem manda”. E isso só pode ser feito na bala.
Todos os dias pessoas são assaltadas, algumas na porta de suas casas. Outras, dentro de suas casas. Rouba-se celular no atacado. O tráfico está em todos os lugares. Os grandes assaltos a bancos continuam acontecendo. Só não vê quem não quer. Ou quem se solidariza com a bandidagem.
Isso tudo é resultado de anos e anos de política de apaziguamento, de passar a mão na cabeça de delinquentes. Resultado de comandantes e governantes frouxos, que coibiram ações mais enérgicas da PM e da PC. Resultado de leis que só favorecem a bandidagem, aplicadas pela Justiça.
A mesma Justiça que solta o maior traficante do Brasil, André do Rap. Que permite o cumprimento de pena em liberdade, coisa que não existe em nenhum país do mundo. É tudo um faz-de-conta. É como enxugar gelo. E então, quando a Rota mostra que é a Rota, clamores para punir seus policiais. Que ninguém estranhe se no enterro desses marginais aparecerem faixas pedindo justiça.
Talvez seja a hora de ressuscitar a Scuderie Le Coq. Os mais velhos entenderão.