sexta-feira, 20 setembro, 2024
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Nossos carros gastariam menos se…

Anselmo Brombal – Jornalista

Um dos maiores argumentos dos fabricantes para venderem seus carros é a economia de combustível. Isso porque a maior preocupação dos compradores, motoristas, também é a economia. Mas há muita gente se queixando que o carro não tem a economia propagada, que gasta demais, principalmente na cidade. E coloca em dúvida a honestidade do fabricante – nem sempre tão honesto quanto parece.
Mas nossos carros poderiam gastar bem menos se aqueles que cuidam do trânsito nas cidades tivessem mais coerência em suas decisões. Há uma série de coisas que fazem qualquer carro gastar mais que o previsto. Lombadas, por exemplo. Em todas as cidades há lombadas inúteis, que só atrapalham e não oferecem segurança alguma. Foram colocadas para atender pedidos de vereadores cabeças-de-bagre, na ânsia de agradar seus eleitores.
E toda a vez que o motorista é obrigado a frear por causa de uma lombada, vai precisar acelerar depois, para retomar a velocidade. Isso quando a lombada está sinalizada. Ou quando está dentro dos padrões determinados pelo Código Brasileiro de Trânsito.
Semáforos são outra praga. Um cálculo simplista mostra que se forem tirados metade dos semáforos hoje existentes nas cidade, o trânsito vai melhorar. Do jeito que está é um para-e-anda (mais para) que não tem fim. E sim sincronismo. O motorista sai de um semáforo e encontra outro na próxima esquina, com sinal vermelho. Além de precisar acelerar para retomar sua marcha, fica queimando combustível enquanto está parado. Queimando e poluindo.
A sinalização confusa e proibitiva é outro fator. Experimenta observar o quanto há de placas proibindo alguma coisa. Com isso, o motorista precisa dar mais voltas para encontrar lugar para estacionar. Ou cair na unha dos donos de estacionamento. Uma máfia, por sinal.
Ruas com mãos de direção contrárias à lógica também contribuem para o excesso de consumo. Onde se poderia descer, aproveitando o declive, é contramão. Por ela, só sobe. Tem-se a impressão que ninguém pensa na hora de determinar essas normas. É uma espécie de uni-duni-trê a escolhida foi você.
A esperança de todos nós é que logo desça um raio do céu e ilumine a cabeça dessa gente. Mas há ressalvas. Alguns têm a cabeça tão dura que nem esse raio conseguirá iluminá-los. Enfim, é o que temos para hoje. Multas? Essas chegam, dá pra garantir.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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