O mais tradicional palco do esporte jundiaiense completou 70 anos na quarta-feira (4) mantendo o charme de sempre e com projetos para seguir sendo a arena mais importante da cidade. Localizado numa região central da cidade e cartão postal jundiaiense, o Complexo Esportivo do Bolão oferece uma série de alternativas esportivas para o cidadão, desde atletas de alto nível que disputam competições até os frequentadores que buscam apenas cuidar da saúde e realizar atividades físicas.
A modernização do ginásio, com a reforma das arquibancadas, é uma das etapas de um amplo projeto que envolve todo o complexo esportivo.
Entre as obras em andamento, a piscina adaptada, com custo de R$ 1.108.065,24 e a utilização do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, vai reduzir a lista de espera para aulas de natação em 80%. A piscina tem tamanho de 12,5 x 25 metros, com rampa de acesso submersa, e profundidade de 1,10m a 1,55m. As medidas proporcionam segurança aos usuários, incluindo os portadores de deficiência, público que sempre mereceu atenção especial da administração.
Outra obra é reforma da quadra de tênis, com a troca do saibro, troca dos alambrados, postes, redes e iluminação, com custo de R$ 292.797.
O Bolão ainda receberá investimentos para a construção de um novo muro de arrimo no entorno da pista de atletismo, que cedeu por causa das intempéries climáticas. O orçamento para a construção de um novo muro de arrimo é de R$ 670.128,65
Recentemente houve a entrega dos QR Codes da academia ao ar livre, instalada no local. Com a ferramenta, o frequentador da academia poderá acessar via celular a forma correta de realizar o exercício proposto.
“Não há um jundiaiense que não tenha uma história para contar envolvendo o nosso Bolão. Palco dos melhores e mais grandiosos momentos do esporte da cidade, é também um espaço maravilhoso para quem tem o hábito de se exercitar e cuidar da saúde. Seu projeto arquitetônico, arrojado até para os dias atuais, mostra o quanto ele é motivo de orgulho para nossa cidade”, comenta o prefeito Luiz Fernando Machado.
“O Bolão é o maior símbolo do nosso esporte jundiaiense. Quem viveu a adolescência e a juventude em Jundiaí, como é o meu caso, não tem como não ter uma ligação sentimental com esse local. Sem contar que se mantém até hoje, 70 anos depois, como espaço de lazer e saúde, um local cheio de vida e beleza. Para uma cidade que enxerga a prática da atividade saudável como uma política de governo, ter um espaço assim é perfeito”, destaca José Antonio Parimoschi, gestor de Governo e Finanças.
“Como técnico de basquete, vivi momentos incríveis neste ginásio. E hoje tenho a honra, como gestor de Esportes e Lazer, de ser o responsável por cuidar deste patrimônio jundiaiense na comemoração de seus 70 anos. Sem dúvida, uma sensação indescritível”, afirma Luís Claudio Tarallo, gestor de Esportes e Lazer.
História
O Bolão foi inaugurado dia 4 de outubro de 1953 pelo prefeito Luiz Latorre, para ser utilizado na disputa do 18º Jogos Abertos do Interior. O primeiro jogo realizado foi o de basquete feminino entre Jundiaí e Itatiba. A primeira cesta oficial foi marcada pela jogadora de Jundiaí, Neyde Carlos Pereira, a “Ponce de Leon”.
O projeto é do arquiteto Vasco Antônio Venchiarutti, que por dois mandatos (1948-1951; 1956-1959) governou a cidade. Era, para a época, de uma proposta inovadora: um dos maiores vãos livres sob cúpula de concreto até então construídos. Graças a esse projeto, ele recebeu o 2º prêmio arquitetura ‘Governo de São Paulo’ no salão paulista de Belas Artes
Por todo o envolvimento e dedicação no processo de construção, o ginásio recebeu o nome de Nicolino de Lucca, médico e grande jogador de xadrez. Em 1984, foi feita uma ampliação no complexo, com a construção do edifício anexo, das quadras poliesportivas e da pista de atletismo.
O Bolão já foi sede da equipe de vôlei Leites Nestlé, do time de basquete do Corinthians (que tinha Oscar Schmidt como astro) e a casa do Perdigão/Divino de Magic Paula, no basquete feminino, e viu jogos inesquecíveis de grandes times do futsal jundiaiense e até lutas de boxe.
O local foi palco ainda de grandes eventos, não só esportivos como culturais e educativos. Os Harllen Globe Trothers, o American Stard, a seleção uruguaia e a seleção brasileira de basquete passaram pelas quadras do ginásio. Em 1971, o presidente general Emílio Garrastazu Médici veio até Jundiaí, no Bolão, entregar diplomas para 5 mil estudantes do extinto Mobral.