sábado, 27 julho, 2024
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O fundo do poço

Anselmo Brombal – Jornalista

Confesso que não sou chegado ao Paulista de Jundiaí. Já fui, em outras épocas. Mas hoje esse Paulista é a vergonha de Jundiaí. No sábado passado conseguiu ser rebaixado para a 5ª divisão do futebol paulista. Fracasso sem limite. Daqui pra frente, pelo jeito, talvez dispute algum campeonato amador. Ou varzeano. Time cuja direção só sabe reclamar de falta de apoio e de dinheiro.
O Paulista já foi bom. Em 1968 chegou à 1ª divisão sem perder um jogo sequer. Sera presidido por Wanderley Pires. Andou tropeçando, voltou à segundona e se reergueu sob a presidência do empresário Joseph Pfulg (Vulcabras). Nessas idas e vindas chegou a 2004, quando foi vice-campeão paulista da 1ª divisão, quando perdeu o último jogo para o São Caetano, na época bancado pelas Casas Bahia.
No ano seguinte, 2005, foi campeão da Copa do Brasil, ganhando seguidos jogos dos gigantes nacionais. Ganhou o direito de disputar a Copa Libertadores da América. Disputou, mas não foi longe. O presidente era Eduardo Palhares, hoje criticado por muita gente. Ciumeira talvez.
Mas pra quem não sabe, Palhares foi o presidente que mais títulos ganhou na história do Paulista. Tinha ideias à frente de sua época, e conseguiu o patrocínio da então poderosa Parmalat. Mas havia críticas, porque a Parmalat inseriu uma de suas marcas, a Etti, na camisa do Paulista. Depois de Palhares, o Paulista nunca mais foi o mesmo. Chegou até 2023 em queda livre.
Não faltaram abnegados para colaborar com o Paulista. Empresários, comerciantes e anônimos cidadãos. Mas o Paulista parece ser um saco sem fundo.
Não estou procurando culpados. Mas é a vergonha de Jundiaí. Não adianta alguém pregar que a Prefeitura precisa ajudar. Não precisa. Prefeitura não é para engordar salário de jogadores. Nem promover pseudos dirigentes. A função de uma prefeitura é outra, bem diferente. E juro – se a Prefeitura de Jundiaí resolver dar dinheiro ao Paulista ajuízo uma Ação Popular contra isso. O dinheiro do contribuinte não pode ter esse destino.
Agora, o pior de tudo. O Estádio Jayme Cintra está em processo de tombamento. Vai se tornar patrimônio histórico. Seria tão bom se o Paulista pudesse vender o estádio, pagar suas dívidas e se unir a algum clube – sugiro o Primavera – e começar tudo de novo. Com competência. Com seriedade. E nunca brincadeiro entre amigos surgiu a dúvida:
Caiu por causa do tombamento ou o tombamento é causa da queda? Galo? Só se for um garnizé depenado. O Real Madri pode esperar…

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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