quarta-feira, 27 novembro, 2024
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Embalagem fortalece cooperativa de Jundiaí no mercado

Um obstáculo trouxe uma solução, que fortaleceu a participação da Cooperativa Agrícola Nossa Senhora das Vitórias de Jundiaí no mercado brasileiro. Com dificuldades de encontrar caixas de madeira para a venda do caqui, carro-chefe da cooperativa, os dirigentes optaram pelas embalagens de papelão. A iniciativa deu impulso aos negócios, que passou a investir na melhoria da qualidade dos seus produtos.
“Fomos os primeiros produtores do mercado brasileiro a usar a caixa de papelão para o caqui. Isso foi no início da cooperativa, há 21 anos. A iniciativa despertou a importância de investir na qualidade dos nossos produtos”, explica Orlando Steck, agricultor e presidente da cooperativa. Com a nova embalagem, os frutos chegam com melhor qualidade para o consumidor final.
Anualmente, a cooperativa registra a venda de 500 mil caixas de 6 quilos de caqui, com uma clientela fiel nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Pernambuco e Bahia. “Acho que podemos considerar o mercado do caqui conquistado”, comemora Steck.
Para alcançar posição de destaque, a corporação investiu ainda na qualidade dos seus produtos. Por meio do Projeto Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – Acesso ao Mercado (Microbacias II), a cooperativa adquiriu uma máquina eletrônica para a classificação e embalagens de frutas. O equipamento abrange esteira de alimentação automática, mesa de seleção, módulo de escovas, esteira para refugo, duas esteiras em PVC, túnel de calor, polidora, esteira caia cheia, calibrador, monovia e quadro de comando. A máquina foi paga com 70% com recursos do Estado de São Paulo e 30% da cooperativa.
Durante a safra da fruta, entre os meses de fevereiro e julho, o processo demanda a contração de 120 trabalhadores temporários. A cooperativa também instalou cinco câmaras climatizadoras, que ajudam no equilíbrio do tanino produzido pela fruta. Com isso, o produto chega com as condições necessárias de consumo.
“Toda a produção é vendida. A melhoria do processo de qualidade beneficia o pequeno, médio e grande produtor. Ganhamos com o volume da marca padrão e na hora de comprar a embalagem”, detalha o presidente da cooperativa.
Com 28 associados, a cooperativa faz ainda a comercialização de uva e ameixa durante o ano. Steck lembra ainda que os programas da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo da Prefeitura de Jundiaí também têm contribuído para a melhoria da qualidade dos produtos da cooperativa: “Tem ajudado em muita coisa que precisamos”.
A Prefeitura de Jundiaí aumentou em 474% os investimentos nos programas da UGAAT nos últimos seis anos. Em 2017, o orçamento para o agronegócio era de R$ 317 mil. Em 2023, saltou para R$ 1.821.700. O agronegócio é um dos mais importantes setores econômicos do município com 1.578 unidades produtoras de alimentos, das quais 95% possuem até 50 hectares, com presença marcante de pequenos e médios empreendimento com a geração de trabalho e renda para a família.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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