domingo, 6 outubro, 2024
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A cultura do estupro

Anselmo Brombal – Jornalista

O assunto do dia é a prisão do ex-jogador de futebol Robinho. Condenado na Itália, vai cumprir pena no Brasil, em Tremembé. Espero que apodreça na cadeia. Outro ex-jogador, Daniel Alves, continua preso na Espanha, também por estupro. Não são suspeitos. São condenados. Não são ídolos, são criminosos da pior marca.
No meu entender, o estupro deveria ser um crime gravíssimo. É inconcebível alguém obrigar uma mulher a fazer sexo, seja ela uma mulher comum, seja uma prostituta. Não quer, não faz.
Mais inconcebível ainda é que alguém consiga ter prazer estuprando uma mulher. Se o sujeito quer fazer sexo, que faça. A oferta é grande de sexo pago, sem contar as amadoras baladeiras dispostas a tudo.
Em alguns países africanos, estuprador não é preso. É morto. Em outros, é castrado, incluindo seu carrasco decepar o pênis; e depois disso, é solto, e ele – o estuprador – que se vire com socorro médico, normalmente negado. É para morrer à míngua. E acho pouco.
Houve um tempo em que as mulheres eram obrigadas ao sexo, principalmente no casamento. O que não deixava de ser um estupro também. Mas o mundo evoluiu, supõe-se, e a humanidade entendeu que isso era errado. Mas há os animais que insistem nessa cultura, a de obrigar a mulher ao sexo.
Nosso Código Penal é um tanto suave. Defendo que estupradores sejam empalados com uma vara grossa de bambu podre. Mas aqui pode tudo. Robinho, por exemplo, já condenado em todas as instâncias na Itália, andou dando entrevistas antes de ser preso na noite de quinta-feira. Nelas, contava sua história, desmentida por áudios que revelavam a certeza da impunidade.
Nosso consolo é que na cadeia estupradores têm “tratamento especial”. Em muitos casos, são obrigados a se depilar e se tornam a mulher da cela. São obrigados (nesse caso são “obrigadas”) a cuidar da limpeza e da roupa dos demais presos. E a satisfazer suas vontades. Incluindo sexo, no papel de mulher. Ainda é pouco.
E que ninguém fique com dó desses dois. Eram jogadores. Hoje são criminosos – pelo menos enquanto estiverem vivos.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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