Estratégias são reforçadas para enfrentamento da dengue

Um panorama sobre a dengue foi apresentado aos médicos e aos enfermeiros da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, em encontro realizado na semana passada. Para não repetir o cenário deste ano, o município reforça estratégias para o enfrentamento e o combate à doença.
Conforme o último Boletim de Arboviroses, a cidade acumula 22.723 casos de dengue, com 16 mortes. Entre fevereiro e maio, foram 21.158 ocorrências. Em abril, no pico da pandemia, 8.365 pessoas adoeceram.
“Durante a pior fase, tanto os equipamentos de saúde da Atenção Básica como os da Urgência e Emergência, diariamente, acolheram um elevado número de pessoas e muitas com o quadro agravado. Para 2025, as perspectivas não são positivas, sendo fundamental nos prepararmos para garantir assistência completa e em tempo oportuno”, enfatizou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Maria do Carmo Possidente.
A preocupação com uma nova epidemia se justifica por conta da quantidade de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que também transmite as arboviroses zika e chikungunya, ainda encontrada nos imóveis.
“Seguimos com as ações rotineiras reforçadas e, em todas as visitas, localizamos recipientes com água parada dentro das residências. O prato de vaso continua sendo o principal criadouro. Não podemos esquecer que as oscilações climáticas favorecem o ciclo do Aedes e o vírus está em circulação. Além de preparar a rede, continuaremos atuando junto à população para cada um fazer a sua parte. Se não houver mobilização, a situação nos próximos meses será semelhante ao que enfrentamos neste ano”, ressaltou a gerente da Vigilância em Saúde Ambiental, biomédica Ana Lúcia de Castro Silva.
Outro ponto abordado como prioridade foi a ampliação da cobertura vacinal contra a dengue. Desde junho, o imunizante está disponível para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Até o momento, foram aplicadas na cidade apenas 2.493 primeiras doses da vacina (9,76% de cobertura) e 842 segundas doses (3,30%). A população estimada é de 25.548 pessoas.
“A vacina visa reduzir as complicações da doença, que levam à hospitalização e ao óbito. O Ministério da Saúde determinou essa faixa etária, porque é o grupo que apresentou o maior número de internações”, acrescentou Maria do Carmo.
O imunizante é aplicado em todas as unidades básicas de Saúde e Clínicas da Família, de segunda a sexta-feira. O horário deve ser consultado em cada equipamento de saúde.
O esquema vacinal é de duas doses com intervalo de três meses entre elas. Além de estar acompanhado de um responsável, as crianças e/ou adolescentes devem apresentar a carteirinha de vacinação e um documento de identidade com CPF, e não ter sido diagnosticado com dengue nos últimos seis meses.