quinta-feira, 30 janeiro, 2025
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Os deportados

Anselmo Brombal – Jornalista

A choradeira é grande. Os Estados Unidos deportaram outra leva de brasileiros, que aqui chegaram algemados e com correntes nos pés. Alguns se queixaram que foram maltratados durante o vôo. E o painho tomou as dores. A imprensa está tratando o fato como absurdo, coisa de nazista. Tudo conversa mole.
Primeiro – não é a primeira deportação de brasileiros indesejáveis dos Estados Unidos. Durante o governo de Joe Biden foram 32, com 3.660 cucarachos. Ninguém falou absolutamente nada. Segundo – algemar os indesejáveis é um procedimento padrão. Sempre há o risco de algum jerico pensar em tomar o avião, como nos filmes de Chuck Norris.
Terceiro – os europeus também deportam brasileiros. Na Espanha, por exemplo, assim que o sujeito desembarca passa por verificação. Se não provar que tem dinheiro para ficar no país os dias estipulados, embarca de volta no primeiro avião. Sem choro. França e Inglaterra fazem o mesmo. E nossos solertes jornalistas não se incomodam.
E por último – os Estados Unidos escolhem bem quem aceitar em seu país. E antes da deportação, essa gente é presa. Sinal que fez coisas erradas por lá. Ou seja, os Estados Unidos não é a zona que é o Brasil, onde todo mundo entra e faz o que bem entende.
Fato histórico: terminada a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos massacraram a Alemanha, um grupo de cientistas alemães foi levado para a terra do Tio Sam. Gente brilhante e produtiva. Os americanos aceitaram de bom grado a presença desses alemães, que na véspera eram inimigos. Entre os cientistas estava Werner Von Braun.
Durante a guerra, Von Braun fabricava foguetes e as bombas V-1 e V-2. Nos Estados Unidos, Von Braun foi trabalhar na Nasa, desenvolvendo foguetes. Acabou construindo o Saturno 5, que possibilitou a ida do homem à Lua. Em resumo – se alguém faz algo de útil, fica. Se é tranqueira, é preso e mandado de volta. Os americanos sabem escolher.
Um outro exemplo: em sua juventude, Tim Maia foi morar nos Estados Unidos. Se juntou a gangs, foi preso e deportado por consumo de drogas e roubo de carros. Sergio Mendes, músico da mesma época, foi para lá e formou o Brazil 66, grupo que divulgava a música brasileira. Ficou por lá, sem qualquer problema.
Eumir Deodato, outro músico, seguiu o mesmo caminho. Hoje voltou ao Brasil por vontade própria. Deodato fez o arranjo e gravou “Assim falou Zaratustra”. Até hoje é considerado o melhor arranjo para a música, baseada no livro de Friedrich Nietzsche; pra quem não sabe, a música abre o filme “Dois mil e um – uma odisséia no espaço”.
Os “anjinhos” deportados, tão defendidos pelo PT e pelos jornazistas, não são bons para os americanos. E lá as coisas são diferentes. Não presta? Manda pro lugar donde veio. Pena que sejamos nós os obrigados a acolher essa tranqueirada.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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