segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Recap faz campanha contra fraudes em combustíveis

O Sindicato dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região – Recap (onde se inclui Jundiaí) está lançando uma campanha de alerta sobre fraudes em combustíveis. Há 22 anos, o Recap fez campanha semelhante, mas, na época, as fraudes eram café pequeno perto do que existe hoje.
Emíio Martins, presidente do Recap, alerta que o setor está sendo invadido pelo crime organizado. E com isso, as fraudes se diversificaram. “Antes, havia o mau comerciante que misturava mais álcool na gasolina. Hoje, a fraude chega de navio, em quantidades absurdas – é a importação do metanol, que não é fabricado no Brasil, mas que aqui é misturado a todo tido de combustível”, diz ele.
Emílio cita ainda que houve 22 mortes de moradores de rua, atestadas pela Unicamp, devido à ingestão de metanol.”O morador de rua comprou álcool num posto, e havia metanol na mistura. 22 morreram, e isso foi comprovado pela Unicamp”.
É praticamente impossível fiscalizar os postos de combustíveis – a ANP (Agência Nacional do Petróleo) tem 35 fiscais para todo o Brasil. São 44 mil postos, 160 distribuidoras e 77 mil pontos de vendas de gás de cozinha (GLP). “É preciso que o consumidor denuncie sempre que suspeitar de fraude”, diz Emílio.

Fraudes mais comuns
A orientação do Recap é desconfiar sempre. O primeiro ítem é o preço. “Quando se tem pequenas diferenças de preço do litro de álcool, gasolina ou diesel entre um posto e outro, considera-se normal de concorrência. Mas quando essa diferença é gritante, é sinal que alguma coisa está errada”, diz Emílio. Só para constar: na região de Jundiaí há casos de diferenças de até 60 centavos no litro da gasolina.
Outra fraude comum é no volume. Com dispositivos eletrônicos, a medição da bomba do posto é alterada, e o motorista que pensa ter abastecido o carro com “x” litros, na realidade está levando 30% até a menos. Há também os casos de mistura extra – o próprio posto coloca mais álcool na gasolina que o permitido pela ANP. No caso do álcool (etanol) a mistura é com água. E no caso do diesel, sem adição do biodiesel.
Além disso, além de prejudicar o motor do veículo, as fraudes geral sonegação fiscal, sem recolher impostos, o que acaba prejudicando a população inteira – mesmo quem não tem carro.
Em caso de desconfiança, o motorista pode consultar o site umbastacontraasfraudes.com.br e fazer sua denúncia. Pode também consultar o site do Recap: recap.org.br.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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