segunda-feira, 20 outubro, 2025
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Ah! Nossas pobres árvores

Anselmo Brombal – Jornalista

Árvores são o objeto de desejo dos ecologistas, amigas de quem quer sombra e necessárias para a pureza do ar. Enquanto estão em pé. Quando caem, costumam deixar estragos. E se caem, é porque estão velhas, mal cuidadas e plantadas em lugares onde nunca deveriam estar.

Jundiaí tem problemas com árvores – e suas calçadas – embora oficialmente tudo isso seja negado. No fim de semana cairam algumas devido ao vento. Vento comum, mas teve até quem o chamou de tempestade.

Exemplos: na avenida dr. Cavalcanti, no trecho em frente a antiga fábrica Argos, há árvores muito velhas, centenárias talvez. Algumas com plantas parasitas, a maioria pedindo para cair. E ninguém se mexe para evitar o pior. Nesse trecho, há outro problema – calçadas estouradas por raízes de árvores. E como a Prefeitura determina que conservar a calçada é responsabilidade do dono do imóvel… Só que os imóveis que têm essas calçadas são da própria Prefeitura, que há anos ignora a situação.

A rua Anchieta talvez seja a mais arborizada da cidade. Mas também tem árvores muito velhas. E muitos lugares, as árvores interferem na fiação elétrica, e a qualquer balanço provocado pelo vento, adeus fornecimento de energia. A CPFL costuma podar esse tipo de árvore, mas ninguém vai estranhar se a CPFL for multada um dia por “agredir na natureza” sem autorização oficial.

O que é preciso – e já passou da hora – é critério para o plantio de novas árvores, coisa que parece já estar sendo levado em conta. Mas, e as antigas? Vão continuar nas calçadas e outros lugares impróprios até que aconteça alguma desgraça.  É preciso critério também na escolha das espécies. Há quem defenda que sejam plantadas as frutíferas, e aí entra outro problema – elas atraem morcegos. E nem se leva em conta árvores plantadas em frente a garagens.

Até para cortar uma árvore em seu próprio terreno é preciso enfrentar burocracia gigante. Mesmo que a árvore esteja entupindo calhas e sujando telhados com folhas e galhos. Antes dava-se um jeitinho. Bstava uma broca, um pouco de sal grosso e querosene para matar uma árvore. O que não é correto.

Não sou contra árvores. Ao contrário. Mas é preciso critério e cuidado.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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