Os dados mais recentes do Banco Central, divulgados ontem (25), indicam que as contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 5,12 bilhões no mês de outubro. Apesar do resultado negativo, o valor ainda consegue ser inferior ao rombo observado no mesmo período de 2024, quando o déficit havia atingido US$ 7,39 bilhões.
A principal razão para a redução do déficit geral reside na balança comercial (comércio de bens). O resultado da balança comercial de outubro foi um superávit de US$ 6,17 bilhões, um valor aproximadamente US$ 3 bilhões superior ao superávit registrado em outubro do ano anterior.
Apesar do desempenho positivo do comércio de bens, outras contas apresentaram fortes resultados negativos:
Serviços: As despesas com serviços mantiveram um comportamento semelhante ao da comparação anual, fechando o mês com um déficit de US$ 4,37 bilhões.
Renda Primária: Esta conta, que agrega pagamentos de juros, lucros e dividendos remetidos por empresas e investidores ao exterior, foi o principal fator a ampliar o saldo negativo. O rombo da renda primária alcançou US$ 7,4 bilhões, representando um aumento de US$ 838 milhões acima do valor registrado no mesmo mês do ano anterior.
O relatório divulgado pelo Banco Central registra, portanto, um aumento nas transferências enviadas para o exterior e uma deterioração no saldo acumulado ao longo do ano.



