A alimentação e o controle do peso corporal são fundamentais para a saúde. O excesso de consumo de alimentos ultraprocessados pode causar vários tipos de câncer. “Uma dieta com produtos in natura vai contribuir para a redução dos riscos de doença e promove uma melhor qualidade de vida”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Um estudo recente publicado pela revista científica The Lancet Planetary Health mostra que o consumo de alimentos ultraprocessados amplia as possibilidades de diagnóstico de câncer em 25 partes do corpo humano. Bolachas, refrigerantes, salsichas e salgadinhos de pacote estão entre os vilões da alimentação. Segundo o médico, são produtos que também provocam ou agravam o excesso de peso. “Aproximadamente 30% de alguns tipos de tumores oncológicos estão relacionados à obesidade. O tecido gorduroso aumenta a produção do hormônio estrogênio, que pode provocar um estado inflamatório sistêmico nas pessoas”.
A pesquisa mostrou ainda que a substituição de 10% do consumo alimentar de ultraprocessados ou processados pela mesma quantidade de produtos in natura e não processados reduz os riscos de diagnóstico de câncer. “A mudança de pequenos hábitos no dia a dia pode trazer um resultado significante para a saúde do paciente”, afirma Ramon Andrade de Mello.
Nos países desenvolvidos, a pesquisa apontou que o consumo diário de alimentos ultraprocessados chega a 30%. Nos Estados Unidos e Canadá, 60% dos alimentos consumidos estão nessa categoria, contra 20% no Brasil.
Alimento ultraprocessado aumenta risco de câncer, alerta oncologista
O médico Ramon Andrade de Mello ressalta a importância dos produtos in natura
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